Semana passada teve o MADA, esse final de semana é a vez do
Festival DoSol, entre meio a isso tudo sigo refletindo sobre minhas escolhas
musicais.
Lembro mais ou menos o primeiro MADA em que estive presença,
se não me engano estava no auge dos meus 15 anos, foi em 2006 lá na Arena do
Imirá. Minha animação toda em parte por ser quase o primeiro ‘show’ que ia com
os amigos, me sentindo independente, e porque o que eu mais queria curtir era
ao show de Pitty (naquela época a achava o símbolo de roqueira brasileira). No
dia anterior tinha tido O Rappa, mas por ter me dado mal em literatura fui
privada desta aventura musical.
Desde 2006, tenho ido a praticamente todos os MADAs em
seguida, e tenho mantido uma relação de amor e ódio com o festival. Logo quando
eles soltam os primeiros nomes já fico com o canto do olho reprovando o line-up
por vir, mas no final sempre estou eu lá desesperada para comparecer. Já teve
ano de decidir no dia ir ao Festival e ter que comprar ingresso de cambista
muito mais caro.
Nove anos depois da minha primeira experiência com o evento,
lá estou eu prestigiando a Pitty de novo e pela ironia da vida, ela é a de
longe a atração que menos anseio (apesar do show ter acarretado uma nostalgia
dos meus 15 anos). A verdade é que (as pessoas que me conhecem já sabem disso
há um tempo) contatei estar no meu ápice de Hipster (e eu acredito que ser
hipster já esteja fora de moda) e até um festival assim como o MADA está
ficando muito mainstream para mim.
Constatei este vergonhoso fato quando não fiquei empolgada
com a convocação do Rock in Rio, mas já comecei a calcular como poderia pagar
os ingressos e hospedagem para o Lollapalooza quando saiu aquela escalação
maravilhosa (Gente! Tame Impala, tenho que ir né?!).
Não me entendam mal, não é que eu tenha deixado de gostar de
Pitty, Nando Reis, ou no caso do RiR, Queens Of The Stone Age. É que acho
melhor fazer dívidas por outros tipos de artistas e bandas. Mas na verdade,
verdadeira isso tudo é só pirraça, quem não quer ver ao vivo esses grandes
nomes, né?
Enfim, mainstream
ou não, várias vezes fiquei esmagada com um grupo de fãs desesperado para
conhecer o seu ídolo. A equipe do MADA junto com os artistas, às vezes
liberavam a entrada de algumas pessoas para tirar foto ou receber autógrafo,
mas nunca tive a sorte e entrar a tempo. No momento em que atravessava a
fronteira era sempre porque o meet and
greet já tinha acabado. Ainda
guardo a angústia de não ter visto Criolo de
perto.
Este ano tive a oportunidade de ultrapassar essa barreira,
com direito a bate papo num misto de francês e inglês. Mas sabe, conhecer nosso
grandes nomes é supervalorizado, só conta mais pela foto no instagram, o que não vale tão a pena.
Bom mesmo é o pessoal alternativo que está disposto a uma conversa bacana e é
bem mais legal.
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