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Que horas ela volta?




Quem me conhece sabe que eu não sou muito fã do cinema nacional (Sim, eu tenho esse problema, principalmente com os finais dos filmes), claro, alguns me encantam e eu aplaudo de pé. Fato é, que está em cartaz um filme que deu não só em mim, mas em toda sociedade brasileira, uns tapas na cara. Um filme para discutir sobre esse Brasil dividido, que consegue confrontar a realidade dos ricos e pobres num misto de drama e comédia
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Que horas ela volta? Com Regina Casé no elenco, conta a história de Val (Casé), uma pernambucana que deixa sua terra em busca de uma melhor condição de vida. Com muito receio, ela deixa sua filha Jéssica (Camila Márdila) no interior de Pernambuco. Ao chegar em São Paulo, Val trabalha como empregada doméstica e também como babá de Fabinho (Michel Joelsas), morando integralmente na casa de seus patrões. Treze anos depois, quando o menino vai prestar vestibular, Jéssica lhe telefona, pedindo ajuda para ir à São Paulo, no intuito de prestar a mesma prova. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente, como não deveria, a situação se complica.



Da diretora Anna Muylaert, o filme mostra a dura realidade brasileira que insiste em discriminar os empregados domésticos, como se essa não fosse uma profissão tão digna quanto as outras. A identificação é tão imediata quanto realista, as situações, os costumes, as manias.... Aquela vontade de dar a volta por cima e dar o devido valor às coisas que realmente importam.

O filme é tão mara vida, que já é o indicado do Brasil para concorrer uma vaga no Oscar 2016 de melhor filme de língua estrangeira. Corre que já está em cartaz! X.O.X.O.
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