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| (Foto: Reprodução) |
Às vezes quando me conecto
tenho a impressão de precisar de colete à prova de balas, munições e armas. Me
sinto num filme bang-bang onde grosseria é camuflada de opinião, intolerância
de argumento e uma necessidade imensurável de enfiar goela abaixo teorias que
nem faz sentido para todo mundo.
Sempre fui adepta a dizer e
orientar as pessoas em minha volta a só explorar e dizer aquilo que temos
coragem de repetir na cara de quem nos incomoda, e com isso desenvolvi
tolerância, afinal, é muito mais inteligente às vezes evitar a fadiga à iniciar
uma briga.
Percebeu que ultimamente as
redes sociais virou uma espécie de graduação de aulas não presenciais para
formar juízes chatos? As pessoas acham que o modo que elas escolheram para
viver é a mais sensata e correta, ao ponto de qualquer um que resolva fazer
escolhas diferentes merecer a grosseria gratuíta. Quer um exemplo? Resolve ter
uma alimentação saudável, você vai ser julgado sem direito a fiança por ser um
chato escravo de academia, contudo, se resolve desencanar sobre as dietas,
automaticamente, é um desleixado e irresponsável.
Nada está bom, para ninguém.
Na verdade as pessoas acham
que obrigatoriamente você precisa tomar algum partido, e não falo só de
política, as coisas andam meio 8 ou 80. Ou é cristão, ou apoia gays. Se apoia o
governo é acomodado, se não apoia, não respeita a democracia. Na regra da
cabeça doente de alguns, respeito às diferenças e conviver com elas é uma
possbilidade que não existe.
O que acontece claramente, e
poucos admitem, é que a inércia está corroendo nosso bom senso. Me pergunto
diariamente quando vejo ataques de haters em diversos perfis, o porquê deles
destilarem tamanha grosseria, se há formas e formas de dizer algo negativo sem apelar
ou depreciar o receptor. Ninguém é obrigado a gostar de tudo, mas ofender quem
não possuí a mesma opinião não te atesta com diploma de superioridade.
Por falar nisso, a
insatisfação pessoal e muitas vezes a chatice em só reclamar, e achar que isso
muda algo, é desculpa para se achar no direito de difamar as pessoas.
Quando vejo muito mimimi,
amargura, destilamento de veneno chego a conclusão que só pode ser uma
infelicidade tão grande que não cabe mais nos limites corporais do individuo
azedo, afinal, já viu gente feliz encher o saco?
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