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NUNCA DEIXE DE SONHAR: o relato de uma fã







OH MY GOOOOD!!! Tô atrasada, tô mega atrasada! Me desculpeeeeeem, mas só pude publicar esse post agora, depois de fazer uma coisa que lá no final vocês vão ver e entender.

Então amores e amoras, esse post aqui é um pouco diferente dos demais que já publiquei aqui pelo Coletivo, resolvi nesse texto passar um pouco da minha experiência como fã que conheceu um ídolo. Eu não sei se vocês já chegaram a conhecer o ídolo de vocês (nem se isso é possível), mas acreditem, é uma das melhores sensações do mundo e é louco, beeeeem louco.

Minha jornada começou no início deste ano, quando a Fantine Tho anunciou que viria ao Brasil fazer uma pequena turnê com seu projeto Living Room Concert no meio do ano. Na hora surtei, mandei email pra ela pedindo informações e tava decidida a trazer um show dela à Natal. Maaaaaaas... Naquele momento minha monografia me impedia de fazer qualquer coisa que não fosse ler, elaborar fichamento, escrever capítulo e me reunir com a orientadora.

Frustração total...

Já tinha até abstraído da ideia do show e me conformado quando, na última semana de julho a Fantine divulgou a agenda de shows e lá estava: Natal/RN – 1° de agosto. Sabem uma pessoa louca? Surtada? Desnorteada? Desesperada? Era eu naquele momento. Saí questionando em todas as redes sociais da Fantine quem era o responsável, onde seria, quanto seria... Mas ninguém falava nada. E não só eu fiquei aperreada, mas vi muitos comentários da galera aqui de Natal. Foi então que uns dias depois surgiu uma nova data e eu corri pra garantir minha vaga.

 
Em meio a alguns contratempos, quase que o evento não acontecia, mas deu tudo certo e lá estávamos eu e mais cinco pessoas dia 31 de julho esperando a Fantine no salão de festas do apartamento de um dos fãs. Eu não fazia a mínima ideia de como seria a minha reação ao vê-la, a única certeza que eu tinha era que estava mega ansiosa (também pudera né, foram treze anos de espera). 

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Para quem não sabe, não lembra ou não ligou o nome à pessoa, a Fantine Tho foi uma das integrantes do Rouge, aquele grupo pop formado em 2002 no programa Popstars (SBT). Na época eu tinha 11 anos e me encantei por aquelas cinco meninas, mas a Fantine era, de longe, a minha preferida. Em 2005 o grupo acabou e cada uma das integrantes seguiu seu caminho direta ou indiretamente ligado à música. Até hoje acompanho um pouquinho da carreira delas, principalmente a da Fantine. 

A Fantine é essa primeira da esquerda para a direita
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Bom, lá pelas 15h30 ela chegou (um pouquinho atrasada, mas chegou) e eu simplesmente congelei. Siiiiiim... C-O-N-G-E-L-E-I. Eu não esbocei reação nenhuma: não falei, não pisquei, não gritei, não chorei. Eu só paralisei no lugar e ali fiquei quietinha. Lá no fundo da minha consciência eu ouvia a voz de Léo (meu amigo que estava lá comigo) falando: “- Carol, ela é linda. Olha a filha dela. Carol, ela é linda. Nossa como ela é alta. Carol, ela é linda. Amiga, você tá bem?”. Só saí do transe quando a mulher parou na minha frente e falou: “- Oi, tudo bom?”. Me vi desmaiando, sério mesmo, já tava imaginando a cena do evento sendo cancelado e o povo ligando pra Samu. Passado esse momento do primeiro contato, eu entrei numa bolha de lembranças e nostalgia onde eu tive que, literalmente, me afastar um pouco da galera e respirar fundo pra não surtar e ter um treco ali mesmo.  Foi aí minha gente que começou uma tremedeira louca em mim, o sistema nervoso central deu bagunçada, parecia que eu tava no epicentro de um terremoto. Só parei de tremer quando começou o PTS.

Cara, o que foi esse PTS (Peace Theological Seminars)?! Não posso falar muito sobre o que rola neste momento, mas se trata de um seminário ministrado pela mãe da Fantine, a Dona Suely cuja temática foi Desapego e Liberdade, onde através dos ensinamentos do John Roger eu consegui me conectar a mim mesma de uma forma única e até então inédita para mim. Isso faz sentido pra vocês? Eu não sei explicar, mas eu fui pra esse encontro esperando só ver a Fantine e saí de lá completamente renovada, com uma sensação de leveza, autoconhecimento e evolução. Eu definitivamente preciso de mais momentos assim na minha vida.

Depois do PTS, finalmente chegou o momento mais aguardado por todos: o pocket show da Fantine. E como se quisesse cometer um assassinato em série, a mulher já começou cantando Sem Você e deixando todo mundo emocionado.



Meu Jesuszinho amado, eu me arrepiei dos pelinhos que eu não tenho no dedão do pé até o fio de cabelo que insiste em fazer frizz na minha franja. Como eu sonhei em ouvir aquela voz cantando aquelas músicas de novo.

Essa minha cara  resume bem como foi o Living Room Concert

  O show seguiu com a Fantine cantando músicas da carreira solo dela, músicas da época em que ela tinha a Banda Tho (pirei nessa hora porque ela cantou Vai, minha canção preferida e que tinha no meu cd de 15 anos kkkkkk), músicas do Rouge e teve até uma canção inédita (que por sinal é foda, quando ela lançar postarei aqui). Entre uma música e outra rolava um bate papo extremamente sincero e sem censuras da parte da Fantine. Falamos de vida pessoal, de vida profissional, da relação dela com as outras integrantes do Rouge, da saída da Luciana do grupo, dos motivos que fizeram a o retorno da banda não acontecer, de como as meninas eram tratadas pelos empresários e pela gravadora, dentre milhões de outros assuntos. O bom desse conceito do Living Room Concert é isso, é ter essa aproximação, esse contato olhos nos olhos e essa liberdade com o artista. No momento do PTS eu não via mais o ídolo Fantine, eu via a Fantine Rodrigues Tho, uma pessoa normal como qualquer outra ali. Tudo bem que na hora do show eu dei uma mini surtada e a Carol fã histérica reapareceu, mas de alguma forma, era como se a Fantine tivesse mais “humanizada” pra mim.

Ao fim do pocket show conversamos mais um pouquinho, lanchamos, tiramos milhões de fotos e eu fiz a Fantine autografar três cards do álbum de figurinhas do Rouge e meu cd Mil e Uma Noites (coitada, a pobre deve ter saído de lá com lesão por esforço repetitivo).




Mas ainda tava faltando uma coisa pra mim. Láááá em 2012, a Carol de 11 anos prometeu que se um dia na vida dela conhecesse o Rouge (ou ao menos uma das integrantes do grupo), marcaria esse dia para sempre pelo resto de sua vida. Bom, demorou treze anos, mas esse dia chegou. Pedi pra Fantine escrever num pedaço de papel a frase “Nunca deixe de sonhar” (que no caso, aos desinformados, vem a ser o nome de uma das músicas do Rouge) e na hora ela já sacou do que se tratava.

Uma pessoa que fica hipnotizada e babando na cara do ídolo: essa sou eu!


Papel que a Fantine escreveu e base para o meu ato seguinte



Pois bem, além de fotos e autógrafos, hoje eu eternizei esse momento na pele.



Entenderam agora por que eu demorei tanto para publicar? Precisava fazer minha tatuagem antes de postar esse texto. Espero que me perdoem, mas o motivo foi nobre =D

À Fantine, à Dona Suely, ao Rafael, à Michelle, à Illanne, ao Estrelinha e ao Léo meu muito obrigada por fazerem do dia 31 de julho de 2015 um dia especial, onde eu realizei um dos maiores sonhos da minha vida.



E à vocês que perderam um bocadinho de tempo lendo esse meu relato, eu digo e sou prova viva disto: pode demorar o tempo que for, se você acreditar, uma hora as coisas acontecem. Por isso, nunca deixe de sonhar!




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