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[Rendeu Reflexão] O doce amargo gosto do adeus

(Foto: Reprodução)

Sempre ouvi dizer que nossa vida é um ciclo, e claro, é necessário colocar fins para novos começos surgirem. O que me esqueceram de avisar, talvez ensinar, é que o adeus tem um gosto amargo demais para digerir.
Me cobram racionalidade nas ações, ser racional deveria ser bom, às vezes é um bom antídoto contra a desdém alheia, mas até para ser racional eu emito emoção, obviamente o resultado é desastroso.
Eu lembro das coisas boas, mesmo que meu cérebro martele os replays ruins. É uma confusão mental, talvez, fechar o coração para balanço seja sensato, mas dizer adeus não é tão fácil assim, estou tentando, na marra, mas estou.
Tudo vai lembrar quem você quer esquecer, e sinceramente, depois que a gente aceita isso, parece que a dor é amenizada mesmo.
No meu imaginário as conversas ainda são longas, cheias de risadas, dramas, romantismo misturado com pequenas grosserias cheias de afetos.
Eu amo muito, mas não amo por dois. Eu vi e fiz mais do que aguento, engoli ciúmes, fingi que não vi seus erros, ignorei regras determinadas antes de você aparecer, porque o amor tem disso mesmo, lutas diárias de exceções.


Mas eu descobri que o mundo é possível sem você. O livro empoeirado sai da prateleira, a luz aparece e vai iluminando minha razão. Não perdi, me perdi e o caminho de volta é em 360º, ou seja, um ciclo.
Por outra ótica você entende que errar pode ser sinônimo de escolhas a ceder, erros e claro, sofrer, mas quem nunca se machucou para se fortalecer, né? Metamorfose é isso. Quer ir embora? Vá! Tire esse peso das minhas costas, despedidas são ruins mas não eternas.
Vai ficar tudo bem, contudo, talvez seja difícil para você enrolar sua partida definitiva, então, reconhecer o timbre da sua voz ensaiar o adeus virou clichê.
Não se preocupe, eu demarquei seus passos para você ficar do lado de fora, vou sobreviver sem você. É falta de tchau? Então adeus!

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