O
fazer da arte e da cultura contemporânea tem como embasamento a criação e a
representação de significações em expressões visuais, na mistura de diversas
linguagens que comunicam códigos de criatividade e sociabilidade em sistemas de
tempo e de espaço, que distinguem comportamentos sociais, gostos e estilos de
vida, um manifesto de diversidade e de pluralidade, que verbaliza-se em um
conjunto de formas identitárias.
A
moda e suas criações são raízes de uma cultura que, quando traduzidas,
expressam toda uma gama de significados e de representações da sociabilidade
humana. Nesse trajeto, percebemos que a moda já não é somente moda, existem
outros fatores e valores representativos na esfera simbólica, visual e
subjetiva do seu processo criativo, identitário e cultural, que transcende todo
um cotidiano social do mundo. Essa criação passa por canais como imaginações
radicais, questionamentos, inquietações, diálogos com o corpo, com a imagem,
com a identidade, com desejos, com ideias, com o mercado, com o consumidor, com
a publicidade, com a cultura, com a tecnologia, com a produção, com o novo,
com o original e com formas, estéticas e estilos de tribos sociais.
Desse
modo, é primordial instituir/fundamentar uma abordagem crítica, que explore as
relações entre moda e arte contemporânea, processo criativo e imaginário
radical, moda e suas expressões, moda e consumo, comportamento, estilo de vida
e identidade, como fator sociocultural. Além disso, é fundamental investigar e
aprofundar a discussão sobre o manifesto social moda, percebendo como ela busca
seus significados nos espaços visuais e sociais contemporâneos.
Analisar
o processo criativo e evolutivo dos criadores de moda pode revelar toda a
historicidade criativa deste manifesto identitário e comportamental do povo,
entendendo e explorando a relação entre criação e representações.
A
moda diverge de todo um sistema de códigos, signos e símbolos, pertencente ao
processo criativo de cada design/estilista,
pela cadeia criativa da pesquisa de moda, pela cultura e suas transformações,
que ditam costumes para cada época e para cada estilo de vida e refletem
aspectos socioculturais, identitárias e de mudanças marcadas sobre o tempo e
suas várias transformações. As mudanças sociais se tornam um reflexo evolutivo
das culturas. Uma linguagem de comunicação visual com significados e
diferenciações expressam toda a essência da sociabilidade humana, uma
representação imagética e subjetiva de estilos de vida de cada época. A
antropofagia do tribalismo social.
Pensar na
palavra moda é imaginar e brincar com os códigos criativos, com a capacidade
criativa de um design/estilista, com
processos do imaginário radical, o novo radical, que se transformam em novas
formas de criar, gerir, comercializar, conceituar e viver. Desperta sensações,
emoções e desejos ao espectador consumidor da criação.
Rafinha Faguh
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