Você está andando pela rua, é mais uma terça-feira qualquer de
uma semana sem grandes acontecimentos, e BUM! Uma ideia, uma
epifania, um convite pra se integrar em algo maior. A empolgação
toma conta e de repente, você tem uma estrada nova, desconhecida,
pronta pra ser explorada mas por onde começar essa viagem?
Esse é o drama de todo ser vivente, não?
Por onde devo começar? Ou como?
Nunca se sabe e é aí que morrem muitas das (minhas) ideias. Vivemos
nesse mundo que cobra que tudo que façamos seja perfeito e começar
algo, especialmente algo novo, implica que você ainda não manja tão
bem do que tá sendo feito e a falta de humildade de, ao menos,
tentar paralisa até as ideias mais revolucionárias. Foi assim que
eu cheguei aqui, no Coletivo Potiguar e sem generalizar mas já
generalizando, em algum momento vocês já se sentiram assim.
Começar é difícil porque requer esforço, mais esforço e bem…
um pouco mais de esforço, principalmente, pra se aceitar e aceitar
que precisamos ser lapidados. É um processo complicado provar pra si
mesmo que consegue e provar pro mundo que você pode conseguir.
Mas deixa eu contar uma coisa: Começar é um ato divino. Mesmo sem
saber direito como ou por onde, arrumar a mala e pegar a estrada é o
melhor momento de qualquer coisa. É a hora que você descobre e se
descobre, que você tropeça ou se perde e numa rua que nunca andou
antes talvez descubra que há uma praça onde um ninho de bem-te-vis
faz festa toda manhã ou fim de tarde. E, talvez, nessa mesma rua, em
que você não sabe como chegou ou aonde vai dar, você descubra seu
senso de direção, seja olhando o céu ou seguindo o vento.
Portanto o convite, comecem e se percam, pra depois se acharem e se
perderem de novo, pois a graça de começar é o mistério de não
saber aonde vai dar e descobrir que aquele destino que parecia tão
longe é logo ali.

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