Katarina fala : Mesmo que ele não se lembre, nosso primeiro beijos e encontro foi a muito tempo atrás, no jardim de infância.
Neste tempo era quando meu nome ainda era um segredo, ate mesmo para mim mesma. Minha missão naquele dia era negociar com Barão Payam, da casa Varich, para formar uma melhor colaboração entre nossas casas. No entanto, tudo era uma farsa, um engodo, os capangas do barão estavam escondidos detrás dos arbusto, eles pularam em cima de meus guardas, derrotando meus guardas e controlando mentalmente as quimeras minhas aliadas, meu destino parecia encerrado ali, nas melhores das hipóteses iriam me transformar em uma belíssima joia para ser ostentada no corpo de um vilão qualquer.
Foi neste momento em que o vi pela primeira vez, e como ele estava magnifico, ele montava um alazão prateado feitos de raios lunares com nuvens nas patas para andar no ar, ele vestia uma bela e brilhante cota de malha e trazia em suas mãos, nada menos do que a Espada do Legado, e ainda por cima de tudo isso, ele possuía uma coroa de fogo que ostentava o brasão da casa fionna.
- Larguem ela seus vilões e venham mexer com alguém que consiga se defender – e saltou por cima de todos com seu cavalo, os capangas se assustaram o suficiente para me soltar. Quando o lendário animal deu a volta no ar e pousou, Willian desmontou do poderoso animal para que a luta fosse de igual para igual, mesmo que eles estivessem em três. Não preciso dizer que neste momento eu já estava totalmente perdida de paixão por ele.
Os poderes mentais de Barão Payam não surtiam efeitos em meu herói e seus poderes de controlar os elementos naturais só o atrapalhava, nada que ele não conseguisse superar. A luta se mostrou feroz, brutal e mesmo assim bela, pois a supremacia da furia dos golpes de William sobrepujavam em muito a selvageria insana dos Unseelas. No final eles só não morreram, pois imploraram de joelhos para que Willian o perdoassem e não os matassem, pedido este que foi prontamente atendido por meu cavaleiro de armadura brilhante, mas apenas sobre o juramento de que todos os anos, nesta mesma data, esses patifes pedissem perdão para mim e jurassem vassalagem. Devo lhe contar que ate hoje é assim, mesmo que eu os tenham dispensado de seus deveres de vassalagem, não queria e não quero nem um imundo me servindo.
Depois da vitória e com os perdões apropriadamente pedidos, ele veio ate mim e me convidou a subir em seu alazão prateado da cor do luar em setembro, para que passeássemos por todos os domínios do play e para que todos os plebeus que ali estavam, percebessem que quem ousassem mexer comigo, iria enfrentar a fúria de meu belo cavaleiro. não é preciso dizer que foi paixão a primeira vista, no entanto ele não era igual como eu, não tinha uma alma imortal, pelo menos não aparente, ele tinha e ainda tem, o porte e o semblante nobre que apenas o sidhe podem ter, por isso inicialmente pensei que ele era um nobre de grandes poderes que ate então estava desconhecido ou um recém desperto. Mas não, ele era apenas um humano... meu amor por ele nunca diminuiu e nunca diminuirá, só nos fionnas sabemos o que realmente é amor.
E que alegria senti quando ele me cortejou por um recreio inteiro e faltando cinco minutos, me pediu em casamento, não fiz a corte e não queria imaginar em faze-la, afinal de contas, ele não era um de nos. Obviamente eu aceitei, a cerimonia foi simples e no mesmo dia na saída do jardim de infância, na presença de meus pais, que vieram me buscar ao saber do que tinha acontecido, nos juramos amor verdadeiro por um ano e um dia, trocamos presentes, eu dei a ele a fita perfumada que prendia meu cabelo e ele por sua vez sem saber o que me dar, pediu para ficar com sua espada do Legado, chorei, pois não podia aceitar tal presente, mas ele me convenceu de que se eu não levasse a espada e tomasse de conta dela, seus pais não o aceitariam em casa, depois da troca de presentes, trocamos nosso primeiro beijo.
*narradora ficou extremamente vermelha e lacrimejou de emoção.
Nos dais, meses e anos seguintes, sempre brincávamos juntos, uma certa vez em meu aniversario quando ele veio dormir aqui em casa eu o levei para o sonhar, mas isso é outra história. Sempre que algum perigo me ameaçava, ele surgia e de algum jeito ele sempre estava com sua Espada do Legado em mãos, ele sempre me protegeu e sempre foi o primeiro a entrar em combate, mas sempre era o ultimo a sair deles.
Pelo menos foi assim por muitos anos,ate que um dia, aconteceu algo que eu não sabia que existia, meu mestre, Lorde Brayan, foi quem me explicou, ele falou“Isso era normal entre os Filhos de Adão e se chamava Crescer, algo ruim para nos do Povo Primeiro, principalmente para você e eu, que somos da nobreza, nunca cresça seja sempre assim se puder.
E foi então que ele cresceu e se esqueceu de tudo, de nossas aventuras, de nossas conversas, de nossas batalhas e de nossos juramentos, ele não sonhava mais com tanta frequência e nem com a mesma intensidade de antes, o mundo banal o tinha pego em suas garras. Como eu chorei! Chorei por semanas, pois não suportava sabe que ele se esqueceu de tudo e sucumbiu a banalidade.
Notei também que ele não me reconhecia mais, sempre que eu juntava coragem o suficiente para conversar com meu amor, ele se esquivava de meus abraços e meus beijos, ele neste tempo ele olhava para outras mulheres como nunca olhou para mim antes. Neste momento eu percebi que nunca o teria se não mudasse, se não me tornasse uma mulher para os mortais, mas eu tinha medo e não o fiz. Foi então ele já tinha desaparecido na nevoa.
Então eu cresci... e dez anos depois ele voltou.
de, Guilherme Neri
ConversionConversion EmoticonEmoticon