No lado extremo direito
do Meridiano de Greenwich, onde o sol nasce, pairam muitos mitos e
preconceitos por parte dos ocidentais, especificamente sobre a cultura do país nipônico. Deparamos-nos com as seguintes afirmativas e indagações: “todos eles são
iguais, todos têm a mesma cara”; “eu particularmente detesto música oriental, a
gente não entende nada”; “qual a diferença dessas culturas? Não têm todos os olhos
puxados?”.
Para você que não sabe muita
coisa sobre essas culturas, provavelmente se você pesquisar um pouquinho, os
japoneses fazem parte da nossa etnia a pouco mais de um século, quando o navio
Kasato Maru aportou no Rio de Janeiro no Porto
de Santos em 18 de Junho de 1908. Naquela época
Vieram 165 famílias (781 pessoas), que foram trabalhar nos cafezais do oeste paulista, desde então o Japão e o Brasil fazem um intercâmbio cultural popular.
Com a globalização e a chegada da Internet, muito mais! Sem contar com a grande
cultura sul-coreana que conquistou os nossos jovens. Você também provavelmente nem imaginava que temos uma colônia de
japoneses em Pium, bairro localizado em Parnamirim e que o centenário de
imigração japonesa foi comemorado em 2008, com grande solenidade pelo governo
Lula, por causa da comemoração oficial que teve como protagonista o príncipe
herdeiro do Japão “Naruhito”. Nesta coluna, pretendo explorar a China e outras culturas que confundem o imaginário brasileiro, principalmente potiguar, e apresentá-los a vocês.
A situação ainda é pior quando se
pergunta a qualquer um de seus amigos na escola, ou numa festa, ou em qualquer
outro lugar, assim: “Você gosta de alguma banda/cantor/ ou música oriental?” Se
essa pergunta for feita na minha cidade, (Natal-RN) quase que 99% das pessoas
(Dado hipotético) indagadas, iriam responder com um rápido “não”, seco e
ríspido, além de subestimar o autor da pergunta, caso você realmente gostasse
do gênero. Talvez o mesmo fenômeno, derivado da mesma pergunta, poderia se
repetir em inúmeras localidades do país, mas com percentuais bem diferentes, ou
piores. Sabe-se que quanto mais informatizadas as cidades, maiores os fãs e
conhecedores da cultura oriental, principalmente da música e da culinária. Ainda
falando dos 99% e na mesma cidade, alguns se arrependeriam da resposta e te
surpreenderiam com uma tardia lembrança: “Ah! Eu gosto [do...] Gangnam Style (O
Nome do grupo é Psy)”. A grande maioria se referiria ao 1% pejorativamente classificado-o como um grupo “nerd”, todavia reforço que não em um sentido benéfico. Essa mínima
porcentagem potiguar, fazem parte de algumas tribos alternativas que já
conhecemos, como os “K-poppers” e os “Otakus” (Porém, “Otaku” no Japão tem
outro sentido, não é o mesmo sentido brasileiro, eles sofrem bastante
preconceito e discriminação no próprio Japão).
Bem, eu sou um apreciador da música
internacional e brasileira em geral, gosto de games, de RPG, de dança, de
canto, audiovisual, literatura “mangá” (Sabia que existe o HQ coreano? “Manhwa”), culinárias alternativas, tendência
tecnológica, se brincar vamos falar até de moda. Sou muito eclético, porém
sempre vou ser tachado dentro de alguma tribo, acho que as pessoas que gostam
de ter uma postura mais “antropológica”, nunca vão ser vistas naturalmente,
pois o clichê e o preconceito é algo que domina a sociedade e é mercadológico,
mas se vocês me permitirem, os convido para compartilhar um pouquinho do que eu
sei com vocês potiguares, convidarei também, aos que conhecem sobre esse mundo
asiático a postarem suas sugestões para somar nas nossas séries de matérias e
pesquisas sobre o assunto, e, que assim possamos somar essas novas experiências
às vidas de todos vocês.
Em breve, nossa página fará colunas sobre
os respectivos assuntos: J pop/Rock, K pop/ Rock e C pop; a série de colunas
sobre games retrô; RPG; Anime/ Mangá; Culinária; Vlogs; Eventos em natal;
Bandas potiguares e brasileiras que exploram a música asiática; Dicas;
Cotidiano; Curiosidades e matérias sugeridas por nossos próprios leitores. Peço
que a participação de vocês sejam ativa, no sentido de sugerir o que devemos
pesquisar e compartilhar com vocês, Jya Ne! (Até mais!)
Alexandre Beethoven